Ao longo do desenvolvimento do capitalismo, a concepção do que seja a saúde do trabalhador modificou-se, passando do patamar da ‘preocupação com a sobrevivência do corpo’ para a ‘preocupação com a saúde mental do trabalhador’. A gestão da saúde foi sendo incorporada às novas formas de gestão dos empreendimentos capitalistas, mas a despeito disso, o sofrimento no trabalho continua, expresso em manifestações como estresse, fadiga crônica, burnout, DORT etc. Este artigo busca identificar e analisar, através de um estudo de caso, as contradições existentes acerca das estratégias organizacionais adotadas sobre Saúde Mental no Trabalho, tendo como referência a percepção dos trabalhadores. Os resultados mostraram que os programas de saúde são baseados em intervenções pontuais, paliativas e estão relacionados ao sistema de controle da organização atuando em cima dos efeitos da organização do trabalho, não se baseando numa real preocupação com a saúde do trabalhador.
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ORGANIZAÇÕES COLETIVISTAS DE TRABALHO Autogestão nas unidades produtivas
As organizações coletivistas de trabalho se baseiam em formas diferenciadas de organização da produção, nas quais a coordenação das atividades produtivas é exercida pelos trabalhadores e o sentido constituinte das relações de produção deixa de ser a lógica de acumulação simples e ampliada, típica do modo de produção capitalista. A pesquisa que resultou neste trabalho constituiu-se em um estudo de três casos de organizações coletivistas e procurou analisar de que forma a ação empreendida pelos componentes destas organizações se relaciona com os princípios econômicos e político-sociais da autogestão na unidade produtiva. Para a consecução da pesquisa consideraram-se as relações dialéticas de mútua constituição que se estabelecem entre a ação organizacional e os princípios; entre as normas, regras e estruturas e a iniciativa autônoma; entre as condições históricas dadas que conformam o contexto no qual a organização está inserida e a ação coletiva.
Poder, Trabalho e Ideologia
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Tempo dedicado ao trabalho e sofisticação dos mecanismos de controle na gestão das unidades produtivas
O tempo socialmente necessário e o tempo disponível de trabalho constituem-se, na perspectiva marxista, em elementos concretos fundamentais no processo de produção de mercadorias e, por isso, objetos de controle, pelo capital, em sua necessidade histórica de acumulação. Quanto mais reduzido o tempo de trabalho socialmente necessário à produção de mercadorias e quanto maior a …
A Relação entre Trabalho e Tecnologia a partir das Organizações Prestadoras de Serviços de Call Center
A Relação entre Trabalho e Tecnologia a partir das Organizações Prestadoras de Serviços de Call Center Priscila da Silva Duarte, Andreia Campesi, David Silva da Luz e Maicon de Lima Soares Artigo apresentado no dia 10/11/2011 no IV Simpósio Nacional de Tecnologia e Sociedade: Ciência e Tecnologia Construindo a Igualdade na Diversidade-UTFPR. Tema 15- Trabalho e Tecnologia. Como …
Discurso de Eros e prática de Thânatos: o esconderijo da dor e a Síndrome do Estoicismo Hercúleo
Em diversas ocasiões e situações, os pesquisadores se defrontaram com queixas e reclamações produzidas sob as mais diversas formas sobre a qualidade de vida ou, mais precisamente, sobre a saúde física e mental dos professores submetidos às exigências de desempenho, medido por indicadores de produtividade. O objetivo do presente estudo o foi o de verificar quais fatores influenciavam as condições e a satisfação no e com o trabalho dos docentes de cursos de mestrado e doutorado em três universidades públicas do Paraná e como o faziam. Do ponto de vista das relações de trabalho, esta questão estava posta no paradoxo entre discurso e ação, como não poderia deixar de ser haja vista a inicial arbitrária. Mas, o que se evidenciou foi mais do que isto. A estrutura do problema estava também posta em termos de um confronto dialético no interior da ação, ou seja, entre ação e ação, enquanto unidade de contrários. O problema teórico, portanto, estava em encontrar a correta fundamentação para esclarecer esta dialética e em expor os resultados de maneira adequada. A pesquisa mostrou que seis fatores afetam a capacidade de trabalho e a satisfação com e no trabalho, sendo cinco em uma relação direta e um em uma relação inversa.
Organizações Coletivistas de Trabalho: Autogestão nas unidades produtivas
A pesquisa que resultou neste trabalho constituiu-se em um estudo de três casos de organizações coletivistas de trabalho – formas diferenciadas de organização da produção, nas quais a coordenação das atividades produtivas é exercida pelos trabalhadores e o sentido constituinte das relações de produção deixa de ser a lógica de acumulação simples e ampliada, típica do modo de produção capitalista – e procurou analisar de que forma a ação empreendida pelos componentes destas organizações se relaciona com os princípios econômicos e político-sociais da autogestão ao nível das unidades produtivas.
Categorias de Exercício do Poder em Organizações Coletivistas de Trabalho
Artigo apresentado no XXXII EnANPAD, 2008, Rio de Janeiro e publicado nos Anais do XXXII EnANPAD, 2008. O objetivo deste artigo é apresentar os resultados parciais alcançados pela pesquisa “Autogestão e Poder”, no que se refere à análise das categorias de exercício de poder propostas por Faria (2004). Os dados analisados até aqui foram obtidos …
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Organizações solidárias de produção: subversão ou submissão ao capital?
Uma análise sobre as possibilidades da emancipação pelo trabalho. Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em Administração, ênfase em Estratégia e Organizações, Setor de Ciências Sociais Aplicadas, Universidade Federal do Paraná.