Cuidados Paliativos em pacientes fora de possibilidade terapêutica

É preciso assumir o conceito de que nenhum ser humano será totalmente saudável ou totalmente doente como processo que exige nova maneira de pensar saúde e doença, como mudança na concepção de mundo e de vulnerabilidade, priorizando a paliação. Este artigo objetiva resgatar a construção histórica do conceito de cuidados paliativos e de sua implantação, para contextualizar os aspectos necessários à formação dos profissionais voltados para essa atividade, especialmente para o atendimento de pacientes jovens, em fase terminal. Procedeu-se a revisão opinativa da literatura sobre cuidados paliativos, com propósito analítico, de abrangência temática, função histórica e abordagem crítica, selecionando 35 artigos dentre 499, publicados entre 1999 e 2010. Partindo da construção histórica dos cuidados paliativos, teceram-se considerações sobre as exigências para formação dos profissionais em cuidados paliativos e para os desafios para paliação de crianças e adolescentes. A afirmação da vida e a certeza da morte como processo normal do viver foram ressaltadas, demonstrando o porquê ambas devem ser alvo de cuidados, com a diferença de que os cuidados paliativos são uma área relativamente nova e envolvem questões mais globais e abrangentes a serem inseridas na formação dos profissionais de saúde.