Nesse artigo busca-se reunir as evidências empíricas das principais
barreiras e facilitadores da implementação de diferentes estratégias nas
organizações no Brasil. Trata-se de um ensaio teórico que parte da
corrente de estudos que concebe a estratégia como uma prática social,
com conclusões baseadas em pesquisas nas principais publicações
brasileiras de 2000 a 2007. A intenção é de responder simultaneamente
a três questões colocadas pelos estudiosos de estratégia no Brasil: a
publicação de estudos teóricos tem diminuído consideravelmente nos
encontros especializados em nosso país, podendo cair em um empirismo
sem grandes reflexões teóricas; a área possui posição colonizada frente
aos estudos anglo-saxônicos e; há uma carência de estudos sobre os
processos de implementação de estratégias, já que o foco de pesquisas é
em relação a formulação de estratégias. Não se descarta reflexões e
consultas a literatura internacional nesse estudo, em especial nos aportes
teóricos da estratégia como prática, mas busca-se reunir conhecimento
nacional que ilustre a realidade das organizações brasileiras sobre o
assunto. No artigo conclui-se que alguns fatores que facilitam a efetiva
implementação de estratégias podem se constituir em barreiras,
dependendo como a estratégia é realizada pelos indivíduos e grupos em constante interação nas organizações.